A HISTÓRIA DA BUSCA DE INFORMAÇÃO DO SANDRO
Sandro vem de uma família de origem alemã, estabelecida na zona rural de um pequeno município no interior do Vale do Rio Caí, no Rio Grande do Sul. A mãe Jacintha, de uma família de 8 filhos, quando chegou à maioridade foi para Novo Hamburgo trabalhar de empregada doméstica, profissão que ainda exerce hoje aos 65 anos. Sandro viveu a infância com os avós, na pequena propriedade rural, enquanto a mãe ficava trabalhando na cidade, vindo visitá-lo aos fins de semana.
Da infância lembra pouco, mas não esquece a dor de barriga que teve no primeiro dia de aula. Até a quarta série frequentou a escola na comunidade rural, cerca de um quilômetro da casa dos avós, caminho que percorria diariamente na companhia da professora e de colegas. Quando chegava na escola todos deixavam os calçados do lado de fora, antes de entrar na sala que servia a todas as séries.
A partir da quinta série passou a ter que se deslocar cerca de cinco quilômetros de bicicleta até a cidade de Maratá. E assim foi até terminar o primeiro grau, como se chamava na época. Se dependesse dos avós teria parado de estudar, mas a mãe sempre o apoiou a continuar os estudos. E Sandro seguiu os conselhos da mãe por também entender que os estudos lhe dariam a chance de alcançar mais do que todos da família tinham conseguido sem os estudos.
Quando foi para o segundo grau as dificuldades aumentaram mais ainda, pois como optou por fazer o Curso Técnico de Química, precisava ir todos os dias para Montenegro, distante 20 km de onde morava. Era uma jornada de 1 km até o ponto e daí de ônibus até Montenegro. Nos primeiros anos as aulas eram durante o dia, mas no último ano os alunos foram concentrados no período noturno e neste período o ônibus fazia outro itinerário, o que obrigava Sandro a uma jornada de bicicleta até Maratá percorrendo o trajeto na mais completa escuridão. Neste período, além dos estudos, ajudava em casa, principalmente a avó que por estar com diabetes e precisava de sua ajuda.
As amizades na juventude giravam mais em torno dos colegas de escola. Com isso perdeu um pouco o contato com os antigos colegas de Maratá, desenvolvendo relações com pessoas de outras cidades que também afluíam a Montenegro para estudar. Começou a sair mais a partir dos 16 anos quando o tio comprou uma moto que compartilhava com ele. Mas só lá pelo interior mesmo…
Ao final do Curso Técnico, em 1998, realizou um pré-estágio na MK QUÍMICA, em Portão, que depois se transformou em um estágio remunerado até que foi contratado como analista no Laboratório de Controle de Qualidade e depois transferido para o Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento. Foi neste período que passou a morar com a mãe em Novo Hamburgo.
Em 2003 recebeu um desafio: participar de um processo seletivo para assumir uma função na nova unidade que a empresa estava construindo em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul. Nessa fase participou de um processo de desenvolvimento de liderança e também acompanhou o trabalho de diversos outros setores da empresa para ter uma visão do todo. Neste período de preparação passou pela produção, PCP, manutenção, administrativo, sempre buscando informação e desenvolvendo novas habilidades. Até que em 2004 se transferiu para a nova unidade onde ficou responsável inicialmente pelo controle de qualidade. Sandro também atuou como encarregado de manutenção e hoje exerce a função de Gerência Geral da Unidade.
Mas a decisão de ir para outro estado não foi fácil. Na época Sandro já namorava Cristina, e a decisão de deixarem as famílias e encararem a vida juntos foi um grande desafio a ser superado. Mas prevendo a evolução profissional que a oportunidade indicava, o jovem casal se transferiu para Três Lagoas, de mala e cuia. Desde então voltam ao Rio Grande do Sul todos os anos para passar férias com a família. Em duas dessas férias nasceram os filhos Carlos Eduardo e Ana Clara, hoje com 6 e 3 anos respectivamente. Estrategicamente planejados!
Ser pai é uma grande realização para o Sandro. Ao falar da paternidade não é outra reação senão a de abrir um enorme sorriso. E a dedicação à família é integral. Quando não está no trabalho, está sempre com eles. Destaca como realização a formação técnica, a evolução profissional na empresa e a família que construiu com Cristina!
Sandro gosta de chegar em casa, que aliás fica junto à fábrica, brincar com os filhos e se conectar nas informações do dia. Acredita que buscar informações e conhecimentos é fundamental para seu crescimento pessoal e profissional. E a INFORMAÇÃO é buscada de diversas formas, incluindo a conexão com o que acontece no mundo!